segunda-feira, 1 de junho de 2009

Materiais sustentáveis roubam a cena no mercado de construção.

Confira os novos produtos que prometem o reaproveitamento de água, otmização de energia e certificação de sustentabilidade:

Madeira, muita madeira. Mas com um requisito fundamental: certificada, reaproveitada ou de demolição. É o material que mais pode ser observado na mostra de arquitetura e decoração Casa Cor deste ano, conforme confirma o diretor Ângelo Derenze. E sua sustentabilidade reside na eficiência energética que está por trás da sua produção, menor do que a de produtos como cimento.

Mas os ambientes da mostra que lança tendências para a casa vai além e passa por materiais reciclados e tecnológicos. "A indústria de materiais de construção é eclética. Há, principalmente, novas opções de revestimentos. A tendência é reaproveitar o que já existe com acabamentos diferenciados.

Ao mudar o revestimento do piso, móveis e parede, o imóvel se renova de forma econômica", explica Derenze. Ele cita tintas que imitam materiais como o aço e papel de parede. Há também opções ecológicas e sem odor, à base de água.

Nelson Kawakami, diretor-executivo do Green Building Council, ONG que certifica prédios sustentáveis, lembra que, além do reúso da água da chuva, o mercado avança na redução do consumo de água ao passar a oferecer chuveiros com menor vazão de água e com pressurizador; além de pias inteligentes e descargas com dois toques, que utiliza três ou seis litros de água.

Quando o assunto é redução do consumo de energia, lâmpadas em leds ou fibra ótica dominam o ambiente. Enquanto as primeiras consomem menos energia e pode durar até dez anos, a outra utiliza a energia de uma lâmpada e a distribui para outros condutores.

"Mas o mais importante é conseguir utilizar o máximo de luz natural, com o aproveitamento de janelões, ambientes integrados sem paredes e resíduos de elementos reciclados, em forma de bloquetes", completa.

O alumínio, por exemplo, consome muita energia em seu processo produtivo, conta. "Até pisos elevados podem ser feitos de plástico reciclado e, na demolição, portas podem ser reaproveitadas em outra construção. Hoje, o máximo que se reaproveita são azulejos."

Na mostra, há arquitetos e decoradores que utilizam em maior ou menor grau essas soluções. Helena Viscomi, em seu Loft Sustentável, as utiliza quase na totalidade do espaço de 240 m², com inovações como o sistema de aspiração de pó central, um tubo de nove metros conectado em uma central fora da casa que reduz o uso de energia, além de vidros autolimpantes com camadas que aumentam o conforto térmico do ambiente.

A base estrutural da construção é feita de aço galvanizado, e o fechamento de paredes internas, externas e telhas é feito com placas recicladas. Jardins verticais aumentam o conforto ambiental. Há também soluções como reúso de água, energia solar e utilização de madeira de demolição recuperada.

"A sustentabilidade começa no canteiro de obras, com reutilização de água. Para que essas soluções sejam mais eficientes, devem ser acompanhadas pela automação, que auxilia na economia de energia, ao permitir a programação de luz para o dia e noite com apenas um toque de botão", explica a arquiteta.

O designer de interiores Fabio Galeazzo acredita que o tema evolui de forma expressiva, principalmente com relação aos processos construtivos. "Já existem paredes de gesso externas, que chegam a reduzir o valor da obra em até 40%, além de acabamento de tinta à base de terra."


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fonte: Revista Zap

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